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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

A Vida Espiritual



Por A Monada
13.02.2015

"Mesmo que isso exija longos estudos e grandes esforços, não é muito difícil trabalhar em domínios nos quais se pode ver, ouvir, tocar, saborear e cheirar com os órgãos dos sentidos físicos. Ver, ouvir, tocar, saborear e cheirar no plano espiritual é muito mais difícil. E é precisamente porque os humanos vivenciam o seu mundo interior como um espaço em que não têm referências, um vazio em que têm medo de se aventurar, que eles se agarram aos objetos e às realizações do mundo físico.

Mas ter medo não leva a nada. É preciso estudar, é preciso conhecer as leis, é preciso exercitar-se, e depois lançar-se no vazio, simbolicamente, com a certeza de que não é possível perder-se ou entrar em queda.

Na vida espiritual, o vazio não existe; é o nosso mundo interior ainda não explorado que é um vazio. Mas, à medida que se começa a explorar esse vazio, descobre-se a plenitude. Sim, e o único vazio que ameaça realmente o ser humano é aquele no qual ele cairá fatalmente enquanto acreditar que o mundo físico pode responder a todas as suas necessidades, a todas as suas aspirações."

Um texto de Omraam Mikhaël Aïvanhov  nos ajuda a refletir sobre a forma como levamos a vida.

Somos humanamente muito materialistas e mesmo aqueles que se arrogam viver a espiritualidade fazem-no, como nos refere o autor deste texto, sempre com os referenciais do mundo material e assim acabam por se transformar em religiosos mais ou menos presos a crenças e dogmas que as respetivas igrejas, ou quem as governa, determinam que sejam verdades indiscutíveis. É assim que se desenvolvem os fanatismo que levam até a matar em nome de Deus.

Assim, um dos princípios desta NAVE e de quem tem viajado conosco, é de que a única verdade que existe é a que revela o interior de cada um, ou seja, aquele que parece vazio numa primeira abordagem, mas que é pleno de sabedoria. Assim, nunca desejamos que os nossos leitores acreditem no que escrevemos. Antes porém preferimos que sintam em vossos corações como ressoam as nossas palavras e, se elas aí tiverem eco, é porque são verdades para eles.

No fundo a vivência da espiritualidade não é seguir o que os outros dizem ou apregoam, mas antes seguir sim, o que diz o nosso coração perante tudo o que formos percepcionando com os nossos sentidos. De preferência sem usarmos os filtros das nossas crenças e mitos, pois eles vão sempre deturpar o que devemos atentamente observar e sentir.

Mas normalmente temos medo, como também refere o autor do texto, de que tal não nos leva a nada em termos práticos, pois estamos tão ocupados nas nossas vivencias sensoriais que achamos que tudo o que possa existir no nosso interior é mera fantasia sem qualquer valor. Daí o vazio que inicialmente se sente quando se começa a meditar e que faz tanto medo.

Porém quando nos apercebemos da riqueza do mundo interior e se, com base na sabedoria que lá pudermos encontrar, conseguirmos dar um entendimento diferente a tudo o que passa no mundo externo, aí sim, teremos um novo olhar, muito mais expandido e muito mais amoroso, para com tudo e todos os que nos rodeiam.

É isto a que se chama uma consciência expandida. É isto que nos foi proposto por todos os Avatares Divinos que encarnaram como terrenos, mas que teimamos em não querer seguir. É a isto que se chama viver a nossa espiritualidade.

Renasce para a tua vida Espiritual. Descobre quem afinal és. De onde vens e para onde vais, e qual é o propósito desta tua vida encarnada.

Só assim poderás evoluir. Só assim te sentirás sempre profundamente Amado e Abençoado pelo nosso Criador.

Fica bem...

A Mónada

http://nave-azul.blogspot.com/

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