O TODO E O TUDO
Dizem
que somos feitos à imagem e semelhança de Deus; portanto, somos o Todo em uma
sucessão infinita de aspectos. Consequentemente, temos dentro de nós todas as
possibilidades daquilo que chamamos de ‘bem’ e de ‘mal’.
Através
da ilusão provocada por nossos sentidos, percebemos e reagimos ao mundo dentro
de uma visão dualística: bem e mal, bonito e feio, certo e errado, podendo nos
manifestar com qualquer aspecto da nossa totalidade, claro ou escuro, luz e
sombra, santo ou pecador…
Mas,
na realidade não somos pecadores a caminho da santidade, nem homens maus que se
tornarão bons: sendo um ‘Todo’, no pecador já existe o santo; no sofredor, o
redimido; no mentiroso, o verdadeiro; no mesquinho, o generoso. Quando
abdicamos da hipnose da dualidade, a compreensão de si e do outro se torna mais
próxima, e o que vemos ilusoriamente como partes distintas e separadas, formam
a unidade, que é a perfeição.
O nosso aprendizado é
o de saber lidar com nossas infinitas possibilidades internas para realizar os
nossos sonhos. A nossa evolução não consiste em viver na dualidade passando de
um lado para o outro, mas sim em nos vermos – e ao outro – sem julgamento,
simplesmente usando a compreensão: o terceiro elemento.
Essa é a verdadeira alquimia do Ser.
Por Ana Sharp
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