“Você já deve ter cruzado na rua com pessoas “doidas”
falando sem parar, ou resmungando consigo mesmas. Isso não tem nada de
diferente do que acontece com você e com outras pessoas “normais”, exceto que
vocês não falam alto. A voz comenta, especula, julga, compara, desculpa, gosta,
desgosta, etc. A voz não precisa ser relevante para a situação do momento, pois
ela pode estar revivendo o passado recente ou remoto, ou ensaiando, ou
imaginando possíveis situações futuras. Neste último caso, ela imagina sempre
as coisas indo mal e com resultados desfavoráveis. É o que se chama de
preocupação. Às vezes, essa trilha sonora é acompanhada de imagens ou “filmes
mentais”.
Mesmo que tenha alguma relação com o momento, a voz será
interpretada em termos do passado e construímos uma imagem totalmente
distorcida. Não é raro que a voz se torne o pior inimigo de nós mesmos. Muitas
pessoas vivem com um torturador em suas cabeças, que ataca e pune sem parar,
drenando sua energia vital. Essa é a causa de muita angústia e infelicidade,
assim como de doenças.”
Echart Tolle
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