"O medo sempre existiu como meio de sobrevivência, mas quando excessivo, como atualmente, torna-se um obstáculo ao crescimento e à felicidade. O medo está presente desde o nascimento, quando lutamos para sobreviver às contrações uterinas que nos expulsam do útero materno, e nos acompanha até o final da vida, quando percebemos a aproximação da morte.
Esse medo nos faz viver em constante fuga inconsciente. Acordamos, andamos, comemos, amamos de forma fragmentada, fugindo de nosso corpo físico, deixando que nossas emoções estejam presas ao passado e nossa mente projete situações futuras, enquanto nosso corpo, abandonado, age como autômato. O resultado é a insatisfação geral que invade a realidade atual, impedindo o bem estar e a felicidade.
Aprender a identificar o limite que separa o medo que proteje a nossa sobrevivência do que paralisa nossas ações, impedindo o movimento em direção à evolução, é condição indispensável a uma vida mais serena e feliz. Caso contrário, tudo se torna absolutamente ameaçador."
O medo se apresente em múltiplas facetas, prendendo o nosso olhar no passado e levando-nos a pular em direção ao futuro, eternamente fugindo do presente. Esse vilão invisível nos impede de comer, andar, amar, trabalhar, viver em tempo presente, tirando a nossa atenção do que estamos fazendo, apenas por medo do que possamos sentir. Andamos assim distanciados dos aromas do presente e dos sentidos que nos fazem perceber a vida em toda a sua intensidade. Prisioneiros, nos contentamos com as pálidas cores do passado e as sensações vividas, com prazer ou dor. Lamentamos a perda dos momentos felizes e revivemos as dores pretéritas, sempre ausentes do aqui, agora"
Célia Resende em "Terapia de Vidas Passadas"
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