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quinta-feira, 26 de junho de 2014

O Poder do Agora

Raras pessoas se dão conta sobre o vício do pensamento. Sim, o pensamento é um comportamento e, mesmo esse sendo um comportamento subjetivo, quando negligenciado (normalmente é), pode se tornar um vício como qualquer outro. Pensamentos obsessivos sobre o futuro ou os que remetem às lembranças do passado, naturalmente geram reações no organismo e, dependendo da projeção ou da lembrança, ativam as condutas primárias (emoções) que alteram naturalmente o estado físico-químico do indivíduo.
É importante observar o efeito cascata que o pensamento pode causar, tanto fisiologicamente quanto de forma extrínseca revelando-se em nossos comportamentos. Uma vez que o indivíduo se projeta para o futuro, por exemplo, sem perceber estabelece uma possível recompensa (tratando-se de um objetivo) para seu organismo que, por sua vez, gerará um estado de ansiedade por aquela consequência ou, quando o pensamento remete a um futuro trágico, de antemão o organismo quererá se proteger, gerando alteração em sua homeostase através da ativação antecipatória proveniente dos pensamentos ruins.
Estudos sobre neurologia e algumas escolas da psicologia como a Psicanálise, Behaviorismo e a Cognitiva Comportamental, por exemplo, explicitam de forma sucinta a relevância sobre opoder de pensar e é nesse ponto que intervenho sobre a importância em se trabalhar acerca das estruturas do pensamento, a fim de transformá-las positivamente (na PNL – Programação Neurolinguistica, as estruturas do pensamento são extremamente relevantes em qualquer processo). Segundo Galeno Alvarenga, “A explosão cerebral deu origem a uma espécie mentalmente desequilibrada em que o velho cérebro e o novo cérebro, a emoção e a cognição, a fé e a razão, vivem em permanente atrito”, ou seja, os seres humanos passam por um processo de adaptação e transformação onde é importante percebermos a distinção do ímpeto e da ação consciente.
O cérebro não sabe distinguir a realidade da fantasia, haja vista a maneira como conseguimos alterar nossas emoções assistindo a um filme, escutando uma música ou mesmo pensando em algo específico, por exemplo. É considerável o fato de trabalhar e atentar-se aos pensamentos que surgem aleatoriamente, induzidos pelas âncoras do dia a dia ou lembranças residuais. A psicanalise se refere a esses indivíduos como “pessoas possuídas pelas suas memórias”, uma vez que se tornam reativas mediante ao descontrole acerca dos próprios pensamentos.
Vivemos em um mundo onde, na maior parte do tempo, somos bombardeados por estímulos que nos remetem ao consumo, status social e até aos mais primitivos como as necessidades básicas onde se encontra também o sexo. Uma vez que não se aprende a lidar com o pensamento com o intuito de gerenciar as demandas do “velho cérebro”, nos tornamos suscetíveis aos seus comandos, pois, a linha que separa o “velho cérebro” do novo, é muito tênue, propiciando que em algum momento saibamos diferenciar um do outro (razão e emoção) a ponto de agir de forma devida ou impetuosa. Enquanto nossas funções intelectuais são produzidas pela parte mais nova e mais desenvolvida do cérebro, nosso comportamento emocional e motivacional continua sendo dominado por um sistema mais primitivo, por estruturas arcaicas do cérebro, cuja forma fundamental sofreu apenas diminutas modificações durante todo o curso da evolução, desde a cobra até o homem.
Nessa primeira parte, permanecerei nesse assunto, sobre a importância em aprender a coordenar os pensamentos em prol de uma boa saúde psíquica-emocional. Recomendo o livro “O poder do agora” de Eckhart Tolle, como referenciado no vídeo, para um maior aprofundamento sobre esse tema e a importância em se estar presente, ou seja, livre de pensamentos e o bem que esse exercício acarreta naturalmente ao organismo. Na segunda parte (semana seguinte), tratarei sobre a importância a respeito dessa proposição em benefício de relacionamentos mais saudáveis. À abaixo, segue um link de outro texto sobre a relevância que os pensamentos influem sobre as relações:
Publicado por Santiago Gomes



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